A família Borré carrega parte da história da agricultura brasileira em seu DNA. Na década de 1980, Pedro Hugo Borré e seu filho Ivo Borré rumaram à Chapada Diamantina, na Bahia, levando na bagagem a tradição da soja, trigo e milho que a família tinha aprendido a cultivar no Rio Grande do Sul.

As terras entre os municípios de Mucugê e Ibicoara receberam a família em 1984. Após cinco anos de tentativa de cultivo de plantios de soja e feijão, que não se adaptaram ao solo da região, a família decidiu arrendar parte das terras a um grupo de imigrantes japoneses. Os orientais chegaram dispostos a plantar batatas inglesas e deu certo. No ano seguinte, as terras voltaram à família Borré e a Fazenda Progresso passou a cultivar o tubérculo.

O tempo passou e com o fruto do trabalho árduo e dos investimentos em tecnologia, a Fazenda Progresso conquistou o mercado de batata inglesa. Cada saca carrega mais de três décadas de parceria com a Companhia Têxtil de Castanhal, a maior produtora de fios e telas de juta do País.

A sacaria que embala a produção de batatas da Fazenda Progresso é feita de juta, um tecido de fibras naturais produzido em perfeita harmonia com o bioma amazônico, completamente livre de hidrocarbonetos e 100% biodegradável, e que também é fonte de renda para milhares de famílias ribeirinhas.

No decorrer desses anos, a Companhia Têxtil de Castanhal acompanhou de perto cada etapa da evolução na produção da Fazenda Progresso, com equipe sempre próxima à família Borré, para prestar todo o suporte necessário à produção, inclusive propondo soluções em sacaria de acordo com a necessidade de cada momento das oscilações das condições climáticas a um novo modelo de distribuição e exportação do produto. Um desenvolvimento conjunto, que funde as histórias das duas empresas.

Em entrevista à Revista Batata Show, o agricultor conta detalhes desta longa trajetória que faz 54 Revista Batata Show Ano XX no 58 Dezembro/2020 entender o por que caminham juntos há mais de 30 anos. Com a palavra, o gaúcho titulado oficialmente como cidadão baiano desde 2017, Ivo Borré.

A Fazenda Progresso é cliente da Companhia Têxtil de Castanhal há anos. A que o senhor credita essa parceria tão longa?

Ivo Borré: De fato, ao recordar a trajetória da Fazenda Progresso com a cultura da batata inglesa percebemos que já são 31 anos de parceria com a Castanhal, iniciada em 1989. Nesse período certamente a qualidade, a pontualidade e compromisso com as entregas e os valores percebidos na Companhia fizeram diferença para que chegássemos até os dias de hoje com esta parceria.

Qual foi o motivo da escolha da Fazenda Progresso pela Castanhal no mercado de sacaria de juta?

Ivo Borré: Primeiramente, a qualidade dos produtos e a liderança de mercado, que certamente trazem consigo um respaldo de longa data. Além deste ponto, o que sempre levamos em conta como diferencial foi o acompanhamento de pós-venda de seus representantes comerciais, sempre atentos às nossas necessidades e demandas.

O compromisso da Castanhal com a sustentabilidade na produção da juta foi decisivo para essa parceria? O que a Fazenda Progresso e a Castanhal têm em comum quando o assunto é sustentabilidade e respeito ao meio ambiente e às pessoas?

Ivo Borré: Ao nosso ver existe muito em comum. Ao passo em que nas atividades da Fazenda sempre buscamos aliar nossas operações aos conceitos e práticas sustentáveis, sempre vislumbramos essa mesma característica na Castanhal, primando principalmente pelo suporte dado aos produtores da matéria-prima e assim contribuindo também para os aspectos ligados à sustentabilidade da cadeia.

Quanto às características técnicas, por que a Fazenda Progresso escolheu a sacaria de juta Castanhal para embalagem e transporte da produção de batatas?

Ivo Borré: Principalmente pela proteção e segurança que dá ao produto durante o transporte, garantindo que nossas entregas sejam realizadas dentro dos nossos parâmetros. Soma-se a isso a boa apresentação que propicia aos nossos produtos.

Quais são os benefícios da sacaria de juta para o armazenamento e transporte de batatas?

Ivo Borré: Considerando inclusive os aspectos citados anteriormente, temos uma boa conservação qualitativa da batata enquanto protegida pela embalagem, evitando danos de contato e preservando a cor. Tecnicamente, a regularidade no tamanho da sacaria e a qualidade da juta também contam a favor.

Fazenda Progresso

03/02/2021